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Categoria: Vivências do Derby

Por: Desconhecido | 16/09/2021

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Dores e desconfortos físicos na prática de Roller Derby

Dores e desconfortos físicos na prática de Roller Derby

O Derby é um esporte dolorido. Quando eu comecei a patinar (e foi aprendendo as habilidades mínimas que eu aprendi a patinar para poder jogar), logo comecei a sentir dores musculares vindas não só do esforço, mas também do súbito início das atividades físicas em um corpo que longe de exercícios intensos praticamente desde o Ensino Médio.

Não demorou muito para eu ser alcançada por mais dores familiares, já que eu fiz a peripécia de me lesionar em todos os esportes que pratiquei na vida – exato, a dor dos machucados.

Em quatro anos de atividade no Derby eu acumulei mais lesões do que, ouso dizer, qualquer outra atleta do meu time. Mesmo aquelas com mais tempo de atividade do que eu! E, apesar de algumas terem sido por acidente ou até mesmo a mera descoberta de um problema que já estava ali (em 2016, por exemplo, descobri que tinha epicondilite após voltar do Twisted and Mixed com muita dor no braço e sem entender nada). De modo algum isso quer dizer que existia negligência das treinadoras – todas sempre tomamos cuidado de orientar o time a aquecer antes dos treinos e alongar depois. Só quer dizer quem, bom, as coisas acontecem, e um corpo que se move em um esporte sobre rodas que muitas vezes pode ser brusco é um corpo que corre o risco de sair com algum machucado.

Antes de qualquer orientação técnica sobre como navegar no Roller Derby enquanto pessoa lesionada, é importante frisar que qualquer coisa fora do lugar, dor ou desconforto persistente vale uma visita a uma profissional de saúde, seja ortopedista, fisioterapeuta ou clínica geral.

Além disso, nem sempre a teimosia de continuar treinando mesmo com dor compensa. Acredite, eu já estive nesse lugar, achando que estava superando meus limites ao patinar mesmo quando deveria estar afastada. Era bom treinar? Sim! Mas meu aproveitamento teria sido muito melhor se eu tivesse respeitado o tempo que meu corpo pedia e feito os tratamentos corretamente. Ter 100% para oferecer ao time, nesses casos, é melhor do que correr o risco de ficar sem nada para dar (imagina só se você piora uma lesão por teimosia?!).

É verdade que os treinos não vão parar para te esperar. Dependendo de onde você está no aprendizado da patinação e do esporte, algumas semanas afastade podem te deixar bem fora de forma, também. Mas nem tudo está perdido.

Esse é exatamente o momento em que você pode ver que outras habilidades sua são úteis para a liga. Sabe desenhar? Consegue manter as redes sociais atualizadas? Pode buscar jogos ou exercícios novos para os treinos?

Em algum momento no tempo de afastamento, eu descobri que podia ser útil na arbitragem: inicialmente para ajudar nos treinos do time (eu podia patinar e apitar, só não podia lidar com impactos) e depois evoluindo para auxiliar na arbitragem de eventos e campeonatos.

Pode ser desanimador ver as pessoas esbanjando hits e aqueles hematomas que ostentamos com orgulho. Mas se seu corpo pede uma pausa, ouça ele! Tratar qualquer lesão é prioridade sobre sua evolução dérbica e, acredite em mim, você vai voltar com muito mais vontade e disposição quando estiver recuperade.

Sempre há um jeito de aproveitar esse tempo “ocioso” ajudando sua liga, basta identificar como e onde!

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